Vamos criar mais um C Level: o Chief Decision Officer, CDO
O quanto a IA vai transformar as empresas nem ela sabe ainda...
8/27/20252 min ler


Com o predomínio da IA na vida das empresas e pessoas, a pergunta que se repete é: a IA vai substituir o ser humano? Quem vai perder espaço para a IA? Neil de Grasse, astrofísico e escritos respeitado, diz q a IA vai mudar q natureza dos negócios e da vida como as fábricas e o computador fizeram, ou seja, morrem empregos e funções e nascem novas.
Baseado nisso, eu cheguei numa fórmula simples de responder a pergunta acima, começando pela identificação das diferenças entre seres humanos e IA. Inteligência, conhecimento, velocidade, abrangência, profundidade e precisão são qualidades que fizeram o ser humano se destacar dos demais animais e que hoje fazem parte do domínio da IA. Não adianta pensar q o ser humano vai superar a IA nesses quesitos. Somos o melhor que a evolução produziu e a IA é a conjunção dessas capacidades de forma exponencial.
Então, e aí, perdemos a batalha? Não. Explico. Pensando numa empresa, quem serviria ser o CIO de uma empresa? IA. O mesmo vale para CTO, CFO, COO etc. E o q resta para o ser humano? CMO, CEO, CRO. Porque a principal diferença entre qualquer IA e o ser humano é o poder decisório. A IA não toma decisões, ela escolhe com base no seu aprendizado. Mesmo a generativa não é capaz de decidir sozinha e precisa aprender. Quando ela decide sem usar q base de conhecimento, o q seria uma suposta vantagem, as decisões dela não fazem sentido.
Decidir, por mais que seja um processo que o ser humano desenvolve com o conhecimento acumulado, ainda é um processo humano, sobretudo quando o conhecimento ou os dados não são suficientes para a tomada de decisão. Nessas horas, a decisão surge da improvisação, da criatividade, da capacidade de fazer sinapses novas (teoricamente o q a IA pode fazer), mas tudo mediado pela consciência. Em última instância a consciência não é o que permite decidir, mas o que permite decidir de forma coerente, inteligente, inovador.
Para a IA, quando os dados não sugerem o melhor caminho, ou o processo decisório para, ou vira uma questão aleatória simplesmente. A IA generativa aprende e faz novas conexões, com certeza, mas não gera as coisas do nada. O primeiro ser humano que escreveu criou a escrita do nada e transformou na base do conhecimento evolutivo humano. Criar a escrita pode até ter sido fácil, mas transformar isso numa coisa essencial, não, porque exigiu dar sentido para a invenção.
Se o ser humano é uma versão imperfeita de seu Criador, da mesma forma a IA é uma cópia imperfeita do seu criador. O q significa q não temos como prever e nem impedir o que a criatura é realmente capaz de fazer, mas já dá pra prever que o resultado prático é bem pior do que o planejado.