The Fault in Our Stars (A culpa não é das estrelas)
How the media and the stage created by social media is dumbing down the world. (Como a mídia e o palco criado pelas redes sociais está emburrecendo o mundo).
7/15/20254 min read


In the 1980s, Carl Sagan, a real-life hero for science lovers, warned that we would enter a media-driven era where knowledge would be replaced by reputation. In other words, people would be heard and publicized because they were famous and well-liked, not because of their expertise in their field. He said this would happen not only in the media, but also in governments (and, consequently, in businesses).
He couldn't have been more right. Even long before the internet and social media existed, he foresaw behavior increasingly influenced by people's emotional relationships, perhaps accentuated by Ronald Reagan's election to the US presidency (for those who remember the era, his complete lack of political experience was a shock) and his power to lead a global economic transformation.
The fact is that, today, increasingly, not only is scientific opinion being replaced by personal beliefs, but the selection of people for public and even private office is driven by bonds of trust, not by competence and experience. And it's not just on one or another topic: from vaccine efficacy to government policies, facts and data, in a world increasingly prolific in generating them, are being replaced by beliefs and assumptions.
If this was once a decadent behavior of smaller public agencies, plagued by corruption, today it has even become a government banner. And don't think this is limited to the public sector: I know a large number of private companies of all sizes and segments where personal relationships are the driving force behind contracts and hiring. And, if this was previously veiled or kept under wraps, today it seems to be done with pride and pomp.
The paradox is: the more data and support we have for decision-making, the more legal and non-legal data is collected, the more the fact becomes merely a detail. What is known loses importance compared to who is known.
There is no doubt that this is even expected because we live in a phase of exponential expansion of world knowledge, where everything is being reviewed and questioned. The less tangible the truth, the easier it is to stick to the publicized version. But one thing is one thing, and another is another thing.
The expansion of consciousness and understanding must involve reflection and questioning before adopting a new paradigm.
However, just look around and realize how many different segments and topics the term Quantum is applied to, and we realize that the discourse is increasingly beautiful and empty. The promises are increasingly conceptual and less practical. Human beings are becoming more over-informed and distorted at the same time.
In a world of instant celebrities and self-promotion, truth is an unwanted detail.
(portuguese)
Nos anos 80, Carl Sagan, uma espécie de herói da vida real para quem ama a ciência, advertiu que entraríamos num período midiático, onde o conhecimento seria substituído por reputação, ou seja, as pessoas passariam a ser ouvidas e divulgadas por serem famosas e queridas e não por conta da sua competência na área onde trafegam. Ele dizia que isso aconteceria não apenas na mídia, mas nos governos (e, por consequência, nas empresas).
Ele não poderia estar mais certo. Mesmo muito antes da Internet e das Redes Sociais existirem, ele conseguiu antever um comportamento cada vez mais influenciado pela relação afetiva das pessoas, talvez acentuado pela eleição de Ronald Reagan para a presidência dos EUA (quem lembra da época, foi um choque por sua total falta de experiência política) e por seu poder de liderar uma transformação econômica mundial.
O fato é que, hoje e cada vez mais, não apenas a opinião científica é substituída por crenças pessoais, como a escolha das pessoas para ocupar cargos públicos e mesmo privados é movida por laços de confiança e não por competência e experiência para a posição.
E não é apenas em um ou outro assunto: da eficácia das vacinas a políticas de governos, os fatos e os dados, num mundo cada vez mais profícuo em gerá-los, são substituídos por crenças e achismos.
Se antes isso era um comportamento decadente de órgãos públicos menores, infestados por corrupção, hoje se tornou até bandeira de governo. E não pensem que isso se resume ao público: conheço num número grande de empresas privadas de todos os tamanhos e segmentos onde as relações pessoais são o motor por trás de contratos e contratações. E, se isso antes era velado ou mantido na surdina, hoje parece ser feito com orgulho e pompa.
O paradoxo é: quanto mais dados e subsídio temos para tomar decisões, quanto mais se coleta dados legais e não tão legais, mais o fato passa a ser apenas um detalhe. O que se conhece perde importância frente a quem se conhece.
Não há dúvidas que isso é até esperado porque vivemos uma fase de expansão exponencial do conhecimento do mundo, onde tudo está sendo revisto e questionado. Quanto menos tangível é a verdade, mais fácil ater-se à versão divulgada. Mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
A expansão da consciência e da compreensão precisa passar pela reflexão e questionamento antes de ser adotar um novo paradigma.
No entanto, é só olhar em volta e perceber em quantos segmentos e assuntos diferentes é aplicado o termo Quântico que percebemos que o discurso é cada vez mais bonito e vazio. As promessas são cada vez mais conceituais e menos práticas. O ser humano está se tornando mais super informado e deformado ao mesmo tempo.
Num mundo de celebridades instantâneas e práticas de auto-promoção, a verdade é um detalhe indesejado.